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* Matéria publicada originalmente no Dicas de Mulher
A maioria das pessoas já ouviu falar da esclerose múltipla, mas poucas conhecem seu significado e saberiam identificar alguns de seus sintomas.
Embora seja lembrada quase sempre como uma doença rara, a esclerose apresenta alta prevalência em alguns lugares do mundo. No Brasil, estima-se que existam cerca de 30 mil casos. Grandes hospitais, como por exemplo o Albert Einstein, em São Paulo, possuem equipe especializada para tratar a doença.
Abaixo, Rodrigo Barbosa Thomaz, neurologista do Catem (Centro de Atendimento e Tratamento da Esclerose Múltipla) da Santa Casa de São Paulo e também do Centro de Tratamento de Esclerose Múltipla do Hospital Albert Einstein – Programa Einstein de Neurologia, explica o que é a doença e quais são seus tratamentos.
A esclerose múltipla é uma doença neurológica, de caráter desmielinizante, que afeta, na maioria dos casos, indivíduos jovens na faixa de 20 e 40 anos e é mais comum em mulheres. É responsável por um ataque do sistema imunológico à estrutura do cérebro ou/e da medula espinhal chamada de mielina.
“A mielina é a ‘capinha’ que reveste os prolongamentos dos neurônios, por onde passa o impulso nervoso que vai comandar determinadas funções do nosso organismo. Dessa forma, a doença significa a presença de múltiplas áreas afetadas no cérebro e na medula espinhal, de inflamação da bainha da mielina”, explica Rodrigo Barbosa Thomaz.
Como a doença se manifesta?
O neurologista Rodrigo Thomaz explica que a doença, no geral, surge em forma de surtos, que variam de indivíduo para indivíduo. “Uma pessoa pode ter uma perda de visão, por exemplo, ou sentir a vista embaçada, ter dores para mexer os olhos etc. Nesse caso, deverá procurar atendimento médico, e ali é verificado se se trata de uma inflamação do nervo óptico. Se comprovada a inflamação, este é um sintoma muito comum para iniciar a doença”, diz.
A esclerose pode ainda se manifestar afetando a medula espinhal, que comanda os movimentos do corpo. “A pessoa pode ter perda de força numa perna ou nas duas, nos braços, ou até nos quatro membros, associada ou não a formigamentos; problemas na sensibilidade – não sentindo a temperatura, não sentido dor etc. Ou ainda, pode ter dificuldade para urinar ou incontinência urinária e de evacuação”, explica o neurologista Rodrigo Thomaz.
De olho nesses sintomas, o profissional deverá investigar se são mesmo resultados de uma inflamação comum da doença e ainda, dar atenção a outros pontos cérebro, verificando se não existem mais áreas afetadas.
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